Objetivo dessa página

O principal objetivo desse blog é compartilhar meus trabalhos acadêmicos com aqueles que estiverem interessados. Espero estar contribuindo com o aprendizado de alguém, como outros contribuíram comigo.

Todos os textos postados aqui são de minha autoria, porém, todos foram criados através de pesquisas, cujas fontes estão citadas nas referências de cada um.

E aqui fica uma mensagem:

"De nada adianta ser luz, se não for para iluminar os caminhos dos demais." (WALT DISNEY)

Bom estudo!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PESQUISA EM NEGÓCIOS


1. INTRODUÇÃO

            Uma pesquisa de marketing tem importância fundamental para a tomada de decisões de uma empresa, pois é através dela que se encontra o equilíbrio entre a oferta e a demanda, considerando-se que o seu principal objetivo é identificar e solucionar problemas, o que possibilita satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes. Trata-se de um conjunto de processos analíticos, que quando bem conduzidos e interpretados adequadamente, poderão abrir um mundo de oportunidades para a empresa que dela se utiliza.
            Como já vimos, não se trata de atitude singular, trata-se de um conjunto de ações e estudos feitos através de diversas modalidades de pesquisas qualitativas e quantitativas, que após serem analizadas, possibilitam aos gestores de empresas tomarem suas decisões, fundamentados em fatos e comprovações ou previsões mais objetivas, que aumentam consideravelmente a chance de acertos e possibilitam que as ameaças sejam transformadas em oportunidades.

2. ESTUDO DE CASO

Com base no texto Case Fox – Pesquisa como Instrumento de Inovação. (ESPM; maio/junho 2006).

a) A VW contratou a empresa de pesquisas Ipsos para realizar um estudo de segmentação atitudinal, para ajudar a conhecer o perfil do consumidor, bem como compreender as necessidades de cada perfil. Quais foram os resultados que essa pesquisa encontrou?
R: A pesquisa revelou quatro segmentos distintos de consumidor: o entusiasta por status, o essencialista, o sensato e o guiado pela imagem. Definidos da seguinte forma:
Entusiasta por status: é o consumidor que busca prestígio e quer possuir uma BMW ou Mercedes. É um segmento que tem-se mantido estável ao longo do tempo, tanto em características de perfil como em tamanho.
Essencialista: é o consumidor que compra um carro pensando em investimento, este é um segmento que está em queda, em seu lugar estão crescendo dois outros grupos: o sensato e o guiado pela imagem.
Sensato: é o consumidor que quer um carro versátil e útil para as atividades do dia-a-dia, como levar filhos à escola, ir ao supermercado, mas que ao mesmo tempo possa servir para os passeios de finais de semanas. É um grupo que está crescendo e 70% dele é formado por mulheres.
Guiado pela imagem: trata-se de um grupo de pessoas com espírito jóvem, original e diferente. É um cosumidor que gosta de aventuras e atividades radicais e seu carro precisa passar essa imagem, mesmo que ele não vivencie todas essas experiências.

b) Mesmo diante do sucesso a VW não deixou de fazer a pesquisa Early Buyer. O que vem a ser essa pesquisa?
R: É uma pesquisa realizada sempre três meses depois do lançamento de um produto e tem o objetivo de avaliar a satisfação dos primeiros compradores em relação ao mesmo e com isso, fazer possíveis correções.

c)Sete meses antes do lançamento do novo carro, foi realizada uma “clínica de produto”. Essa nova bateria de pesquisas teve duas fases, uma quantitativa e a outra qualitativa. Explique o que é pesquisa quantitativa.
R: A pesquisa quantitativa trabalha com números, caracteriza-se pelo uso da quantificação tanto na coleta quanto no tratamento das informações, por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas. É um estudo realizado a partir de amostras da população, elaborado de maneira formal, objetiva e estruturada.

d) Na fase de pesquisa qualitativa, testou-se o conceito do produto através de grupos de foco. Explique o que é um grupo de foco.
R: Grupo de foco é uma entrevista com uma amostra reduzida de participantes (08 a 12 membros), que conta com a participação de um moderador treinado para conduzir uma discursão de maneira natural, tendo como principal objetivo, descobrir a percepção do consumidor com relação as questões de interesse do pesquisador. Este grupo deve ser formado por pessoas do mercado alvo e o moderador deverá preparar um roteiro de discursão que reflita os objetivos da pesquisa, é importante que o moderador seja uma pessoa com experiência em psicologia e marketing, para que saiba conduzir a entrevista de forma a atrair percepções, estabelecer harmonia com o grupo, declarar regras, estabelecer objetivos, instigar os entrevistados, provocar discussões e por fim, tentar resumir a resposta do grupo.

3. PROPOSTA DE PESQUISA

3.1. INTRODUÇÃO

            Com 33 anos de existência, a organização Bonanza Supermercados Ltda tem 2.200 funcionários. O Bonanza está entre os 52 maiores supermercadistas, segundo o ranking nacional da Revista Superhiper.
            No mercado nordestino, o Bonanza é considerado uma importante rede de supermercados e se destaca pela qualidade dos serviços que procura oferecer aos clientes e pela seriedade com que trata os colaboradores e os fornecedores da organização. A empresa Bonanza Supermercados Ltda acredita e investe no Nordeste porque este é um mercado promissor.
            Sabendo-se que o Bonanza Supermercados é uma rede pernambucana composta por 16 supermercados, e que o grupo também prevê a inauguração, nos próximos 12 meses, de mais três lojas, sendo uma em Caruaru (PE), outra em Santa Cruz do Capibaribe (PE) e uma em João Pessoa (PB). Propõe-se uma pesquisa de mercado, com a finalidade de conhecer o perfil dos consumidores alvos da rede.

3.2. PROBLEMA E OBJETIVOS
3.2.1Problema
Quais as maiores necessidades de compras dos clientes nas localidades onde o Bonanza Supermercados pretende abrir novas lojas?
3.2.2. Objetivo Geral
Identificar as necessidades de compras mais importates para os clientes.
3.2.3. Objetivos Específicos
a) Selecionar clientes potenciais;
b) Entrevistar estes clientes potenciais;
c) Registrar os pontos principais com relação as suas necessidades de compras através das entrevistas;

3.3. PROPOSTA DE PESQUISA QUANTITATIVA
Conhecendo o cliente do varejo regional.
1) Quantos Supermercados existem na sua cidade? -------------------------------------------
2) Como é o atendimento no supermercado que você costuma frequentar?-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3) O que você acha mais importante em um supermercado?--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4) O que é mais importante, o preço ou a qualidade do produto?----------------------------
5) Que produto específico você gostaria de encontrar nos supermercados da sua cidade?-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6) Quais os pontos mais insatisfatórios em relação ao supermercado que costuma frequentar? (marcar até 3 alternativas)
(  ) Qualidade dos produtos
(  ) Variedade dos produtos
(  ) Preço
(  ) Dias de funcionamento
(  ) Atendimento
(  ) Outros------------------------
7) E os pontos mais favoráveis?
(  ) Localização
(  ) Qualidade dos produtos
(  ) Variedade dos produtos
(  ) Preço
(  ) Atendimento
(  ) Outros------------------------
8) Costuma levar criança quando vai ao supermercado?--------------------------------------
9) Qual a frequência com que vai ao supermercado?
(  ) 2 a 3 vezes por semana
(  ) Mais de três vezes por semana
(  ) 1 vez por mês
(  ) Eventualmente
10) Estado civil:
(  ) Casado (a)
(  ) Solteiro(a)
(  ) Viúvo(a)
(  ) Separado(a)
11) Quanto costuma gastar quando vai ao supermercado?
(  ) Até R$ 20,00
(  ) R$ 21,00 à R$ 50,00
(  ) R$ 51,00 à R$ 100,00
(  ) Acima de R$ 100,00
OBRIGADO PELA COLABORAÇÃO.

 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Para  a VW (Volkswagen) as pesquisas de marketing trouxeram novas oportunidades quando revelaram as novas tendências comportamentais dos consumidores, os novos padrões físicos e as necessidades adquiridas por causa das modificações de um sistema social que sofreu transformações ao longo do tempo. Dessa forma, possibilitou-se a criação de um modelo de carro que atendesse aos desejos e necessidades dos clientes e que acabou fazendo muito sucesso. Enfatizando-se portanto, que sem o trabalho estratégico de marketing, desenvolvido a partir das pesquisas, esse sucesso seria inviável.
            Este estudo sobre pesquisa em negócios traz um importante ensinamento para a vida profissional do administrador, pois mostra que suas decisões com relação a empresa, não poderão ser tomadas ao acaso. Seria o mesmo que saltar de uma ponte com os olhos vendados, pois estaria a mercê da sorte. E um bom gestor precisa trabalhar baseado em fundamentos objetivos e realistas, pois quando as decisões são tomadas, além de altos valores financeiros, estão também em jogo muitos valores humanos e estes, mais que todos, precisam ser tratados com cautela.

 Referências

ALMEIDA, I. Case Fox: Pesquisa Como Instrumento de Inovação. Revista ESPM. São Paulo Mai/Jun, 2006. (pág. 126 à 137).

BONANZA Supermercados Ltda. http://www.bonanza.com.br/ Acessado em 31 ago. 2010.

GOMES, I. M. Como Elaborar uma Pesquisa de Mercado. Manual.
Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 2005. Publicado em: http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&source=hp&q=Como+Elaborar+uma+Pesquisa+de+Mercado&btnG=Pesquisa+Google&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&fp=de83a197345c8b04  Acessado em: 01 set. 2010.

HENZO, M. A.; LAMBERT, J. Pesquisa em Negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 174 p.

OPERAÇÕES E LOGÍSTICA: A Logística da Avon


Apresentação

            Baseado no texto “Avon chama... Avon chega”, aqui se desenvolve um questionário enfocando as Operações Logísticas usadas pela empresa Avon para alcançar o atendimento pefeito. E a finalidade deste questoinário é reforçar os conhecimentos teóricos sobre este assunto.
                                                                                      
Questões resolvidas com base no referido texto

1. A Avon remodelou o seu negócio para melhor atender os seus clientes. Para isso, investiu em um novo centro de distribuição. Procure descrever a relação que existe entre a velocidade das entregas dos pedidos da Avon às consultoras e o nível do serviço oferecido para elas.

R: A cada novo centro de distribuição criado é possível diminuir o tempo na entrega dos produtos e a velocidade com que estes são entregues contribuem para o aumento da quantidade de revendedoras e para que estas revendedoras possam expandir suas bases de clientes. Por isso, o principal objetivo da Avon é reduzir o tempo de atendimento às revendedoras, mas não é só isso, para a empresa, o nível do serviço tem que ser perfeito. Sem erros, sem atrasos e sem avarias. Para isso, as falhas que aconteciam nos pedidos foram corrigidas, sendo mantida uma comunicação direta entre a empresa e suas revendedoras onde, no dia previsto para a chegada da mercadoria, a Avon entra em contato com estas, para verificar se os produtos chegaram e se estão em boas condições.

2. Com base no texto da Avon, faça o seguinte:

A) Procure identificar quais os recursos logísticos que a reportagem se refere;

R: A reportagem se refere ao projeto de rede e todo um processamento logístico envolvendo informações, transportes, estoques, armazenagem e a forma cuidadosa como são processadas as embalagens e o manuseio dos produtos até que chegue ao consumidor final em tempo hábil e perfeitas condições.

B) Revise a nossa literatura de logística e elabore uma definição sobre o que significa cada um desses recursos, sem esquecer de mencionar a fonte de onde tirou as informações.

R: Definições dos recursos logísticos:
Projeto de rede ­­­­­­­:
É um esboço feito de forma estratégica para definir onde serão implantadas as instalações da empresa, de forma que as fábricas, armazens, instalações de transbordo e lojas de varejo sejam posicionadas em quantidades e locais mais apropriados para que se possa atender as necessidades dos clientes com a maior rapidez e ao menor custo possível.
Informação – A informação é o ponto chave para a integração entre todos os recursos logísticos. E somente através da tecnologia da informação, tornou-se possível gerenciar os processos logísticos, de uma forma que integra localidades tão distantes a uma velocidade de tempo real, como se todas as instalações da rede estivessem atuando no mesmo local e com isso, acelera-se consideravelmente o tempo de atendimento ao cliente. E esta velocidade nas informações processadas de forma tão direta, não só elimina os ruídos na comunicação como desencadeia o bom andamento do processo logístico por inteiro.
Transportes – É a área operacional da qual a logística se utiliza para movimentar os estoques estre dois pontos geográficos. Estes transportes podem ser utilizados em seus vários modais e a escolha é baseada pela sua disponibilidade e custo.
Estoques – Os estoques servem para manter o nível de serviço ao cliente, porém manter estoques é manter capital parado, por isso, o objetivo de se trabalhar com estoques é fornecer o serviço desejado ao cliente, mas mantendo o menor estoque possível.
Armazenagem, manuseio e embalagem – A armazenagem refere-se ao espaço físico necessário para gerenciamento dos estoques da indústria e deve-se localizar tanto perto da fábrica quanto dos distribuidores. Neste espaço de armazenagem executa-se o manuseio de materiais, fazendo a separação dos produtos, sequenciamento, seleção de pedidos, consolidação de cargas para transportes e, em alguns casos, Montagens de produtos. Esse manuseio exige cuidados especiais, pois quando realizado de forma inadequada, pode gerar avarias de produtos. E para que isso não ocorra, a empresa deve estudar quais as melhores formas de fazer as embalagens, de maneira que estes produtos fiquem protegidos, pois produtos danificados colocam em risco a marca da empresa.

3. O texto traz menções a máquinas que movimentam cargas dentro do armazém:
“(...) A nova central da Avon vai contar ainda com um sistema Sorter RS200, que encaminha seletivamente, cerca de 80 caixas por minuto para os caminhões estacionados nas docas.”

“O CD também terá estações com Flow Racks e forma de “U”.”

Imagine que você tenha que explicar para outra pessoa o que são estes equipamentos de movimentação. Assim, procure na literatura especializada ou na internet, definições sobre estes equipamentos acima destacados em negrito e descreva-os aqui.

R: As máquinas que movimentam cargas são equipamentos, motorizados ou não, utilizados tanto no processo de armazenagem como no processo de produção, para transportar cargas, colocando-as em posição conveniente e tem como principal característica, a flexibilidade de percurso para carga e descarga dos produtos.
            “Existe equipamentos de elevação e transferência que são equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto dentro de uma área fixa, onde a função principal é transferir. E existem os transportadores contínuos, que são mecanismos destinados ao transporte de granéis e volumes em percursos horizontais, verticais ou inclinados, fazendo curvas ou não e com posição de operação fixa. São formados pelo leito onde o material desliza em um sistema de correias ou correntes sem fim, acionadas por tambores ou polias.” (FIESP)

O Sistema Sorter RS200 é um sistema que realiza operações de triagem das mercadorias e proporciona à empresa ganho de produtividade e redução no tempo, nas operações de cargas, descargas e entregas das mercadorias.
Flow Rack:
“Sistema de armazenagem dinâmico, ideal para rotação automática de pequenos volumes. Os artigos são carregados por uma das extremidades e deslizam sobre gravidade e sobre rodízios até a zona de coleta ou picking, praticando o princípio F.I.F.O. (Frist In Frist Out).” (BERTOLINI)

Forma de “U”: Mesa inclinada em forma de “U” muito utilizada em lugares de trabalho onde é necessário ter um melhor acesso às mercadorias.

4. Leia o texto destacado do artigo:
“O maior desafio logístico é a distribuição do Amazonas. A mercadoria é despachada pelo modal aéreo para Manaus, onde é transferida para barcaças. O transporte é demorado, e por isso, a Avon planeja criar uma solução logística específica para esta região”, conta Barbosa. Uma das maneiras estudadas para a redução de custos seria a substituição do modal rodoviário. A cabotagem, por conta da demora na viagem e baixa frequência, foi descartada. O transporte ferroviário, por sua vez, não se mostra completamente viável, porque o custo total é apenas 10% inferior ao do rodoviário, incluindo-se o transporte de curta distância.

Porcure em nossa literatura de logística informações sobre estes dois modais e elabore aqui um comparativo entre os modais aéreo e hidroviário (ou seja, transportes por vias marítimas) enfocando as vantagens e desvantagens destes dois modais.


R:

Velocidade
Confiabilidade
Capacidade
Disponibilidade
Custos
Maior
Aéreo
Hidroviário
Hidroviário
Aéreo (Br)
Aéreo
Menor
Hidroviário
Aéreo
Aéreo
Hidroviário
Hidroviário




Vantagens e desvantagens destes modais:
O modal aéreo é o mais caro, porém é o mais rápido. Esta relação é inversa quando se trata do modal hidroviário, portanto, cabe ao administrador pesar suas necessidades e seus objetivos e optar pelo que melhor lhe atender.

Conclusão

            Logística é um conjunto de ferramentas articuladoras que toda empresa precisa para que a distribuição dos seus produtos seja satisfatória, alcançando por vezes, lugares mais remotos e imensas áreas geográficas e tem com objetivo a entrega rápida de produtos, em perfeitas condições e ao menor custo posível.

Referências

BAZOLI, Thiago Nunes; SILVA, Mônica Maria. Operações e Logísticas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

BERTOLINI, Sistema de armazenagem. Publicado em: http://www.lisal.com.br/bertolini_flowrack.html  Em 26 mar. 2010.

FIESP. Equipamentos de Movimentação. Publicado em:  http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/transporte/default_equipamentos.aspx
Acessado em: 26 mar. 2010.

SCHITTINI, Cassia. Avon chama... Avon chega. Revista Fluxo. São Paulo. 2003.

YOSHIDA, Hugo Tesugunobu Yoshida; Projeto De Redes De Distribuição Física Considerando A Influência Do Imposto De Circulação E Mercadorias E Serviços. Publicado em:
http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:TFgzX1T9bGYJ:www.ead.fea.usp.br/tcc/trabalhos/Tcc_Helo%25C3%25ADsa%2520Marques.pdf+projeto+de+rede,logistica&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESgFGc46ubSBM2s_Pimz0-G0AEbzLqGFIEp6NdYYeE4jECfjmER9jH09GM01AYVx0ahIFv2csuD80w89W5-FkGp0oJKQmHwBTFw7-Ya0uGZ5E4jUrbIa7QChguI4E0jhAHYBpuTL&sig=AHIEtbQ9TIIQhICnPnuJNf64t7dn9BTmbQ
Acessado em: 25 mar. 2010.            

Administração de Produção: Estudo de caso


Resumo

            Estudo de caso sobre a administração da produção de uma fábrica de produtos plásticos, onde serviu como fonte de estudo, o texto intitulado “PLASTIMAX”. Este fala sobre a produção de peças comuns e plásticos de engenharia e nos traz um pouco de conhecimento sobre o desenvolvimento do processo de produção da fábrica.


Aspectos Metodológicos

            Para este estudo de caso considerou-se a leitura e interpretação de um texto, sendo esta pequena fonte de informações complementada pelos conhecimentos adiquiridos em sala de aula e em pesquisas complementares feitas em sites de revistas digitais e outros da internet.


Plastimax


Na Plastimax, fabricante de plásticos, o processo de produção se inicia na compra do poliestireno que vem ensacado, em grãos e em diferentes cores. Esta matéria prima é colocada nas máquinas de injeção em um alimento (tipo funil). Contudo, dependendo do produto a ser fabricado, em cada injetora é colocado um molde adequado para produzi-lo, geralmente com várias cavidades. Por exemplo, o molde que produz cabos para escovas de dente tem doze cavidades e cada vez que ocorre a injeção, são produzidos 12 cabos para escovas de dente. Já a produção de pentes para cabelos tem um molde de quatro cavidades, permitindo a produção de quatro pentes por injeção.
Uma vez que a matéria prima é colocada no funil da injetora, começa o processo de produção. Primeiro ela é aquecida dentro da própria máquina até atingir a temperatura adequada. Automaticamente é injetada nas cavidades dos moldes, há um resfriamento e a máquina é resfriada para a retirada das peças, iniciando-se um novo ciclo.
Estas injetoras permitem a produção de 29 tipos diferentes de peças, nas atuais condições, já que existem 29 diferentes moldes, mas esta quantidade pode ser ampliada caso sejam fabricados mais moldes. Normalmente, o tempo necessário para um lote de peças é rápido, conforme pode ser visto na tabela a seguir.
DADOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
Tipo de peça
Peças comuns
Parachoques de veículos
Capas de TV
Tempo de obtenção da matéria prima
7 dias
30 – 60 dias
30 – 60 dias
Tempo de fabricação do molde
30 dias
60 dias
60 dias
Tempo de produção de um lote típico
1 dia
5 dias
10 dias (inclui a furação em empresa externa)
Tempo de embalagem
Meio dia
1 dia
1 dia
Tempo de entrega
1 dia
1 dia
1 dia
Tipo de mercado
Mutável
Pré-definido
Pré-definido
Tempo que o cliente se dispõe a espera
Imediato
De acordo com o programa
De acordo com o programa

Na mesma empresa, outros dois departamentos trabalham com os chamados “plásticos de engenharia”, um departamento produzindo parachoques de veículos e o terceiro departamento, produzindo capas para aparelhos de TV. O processo de produção é semelhante, porém a compra da matéria prima é mais complexa porque devem ser aguardadas as especificações dos fabricantes. Ainda, a fabricação dos moldes de injeção depende do projeto dos produtos, quanto as dimensões, espessuras etc. sendo muito mais demorada do que no caso da fabricação de peças injetadas comuns, como os cabos de escovas de dente ou os pentes para cabelo.
No processo de produção dos parachoques, estes são moldados, limpos, embalados e enviados diretamente às montadoras. As capas dos aparelhos de TV, após sua fabricação, são limpas e enviadas a um prestador de serviços externos à empresa que realisa os furos nos quais serão inseridos os botões de comando dos aparelhos, devolvendo-as à empresa após a operação. A empresa então embala estas capas e as envia às montadoras de TV, encerrando-se o processo.

Solução

Etapa 1
Produção de peças comuns (cabos de escovas de dente, pentes etc.)
Para peças com moldes já existentes, o modelo de programação da produção poderia ser o MTS, dado que D é muito menor que P. Isso faria com que a empresa produzisse estas peças para estoque. Contudo, se o mercado for muito mutável, pode ocorrer um “encalhe” nesse estoque. No caso, não há possibilidade de ser utilizado um ambiente ATO, pois não há fabricação de subconjuntos. Caso o modelo MTS não possa ser realizado, deve ser utilizado um modelo MTO, no qual deve ser determinada, por meio de modelos de previsão (veja no capítulo 8) o quanto deveria ser estocado de poliestireno (matéria prima).
No caso de haver um pedido de outra peça de poliestireno para a qual não houvesse molde pronto, deveria ser fornecido ao cliente um prazo de entrega de, no mínimo, 30 dias: prazo necesário à fabricação do molde.


Etapa 2
Produção de parachoques e capas de TV
            Apesar de os produtos e dos clientes serem completamente distintos, a abordagem é a mesma. Dado que as peças dependem de especificações de engenharia, não é possível, de maneira geral, comprar matéria prima baseando-se em previsões, pois os produtos e suas quantidades mudam ao longo do tempo com o lançamento de novas linhas de produtos acabados.
            Portanto, não é aconselhável manter-se estoques de matérias primas, o que caracterizaria o modelo MTO, devendo-se optar pelo modelo ETO.
            Isto é, uma vez recebidas as especificações do cliente, o fabricante deve comprar a matéria prima, desenvolver os moldes, fabricar o produto e entregá-lo. Portanto, é conveniente que o prazo de entrega seja, no mínimo de 60 dias, que é o tempo necessário para a compra da matéria prima e, ao mesmo tempo, em paralelo, fabricar o molde para a peça, além dos demais tempos de produção externa e de entrega.
            Nesse caso, é fundamental a manutenção de parcerias com os fornecedores de materiais e de serviços para a diminuição do tempo P.

Questões:

1. Descreva os passos para a produção de artefatos de plástico.
R: O primeiro passo é comprar a matéria prima que é o poliestireno, em grãos e em diferentes cores. A partir daí, a matéria prima é colocada em máquinas injetoras, que possuem uma abertura afunilada onde se despejam os grãos. Em cada máquina é colocado um molde que corresponde ao produto que irá ser fabricado. A máquina aquece o poliestireno até alcançar a temperatura adequada e o injeta nas cavidades dos moldes, após o resframento, a máquina é aberta para a retirada das peças. O ciclo é reiniciado dando continuidade a produção.

2. Dê dois exmplos de “plásticos de engenharia”.
R: Parachoques e paineis de veículos, capas de TVs, de equipamentos de som, de controle remoto, etc.

3. Quais são os fatores que tornam o processo de produção de plásticos de engenharia mais complexo que aquele para a produção de peças injetadas comuns?
R: A compra de matéria prima e a fabricação dos moldes de injeção, pois ambos dependem do projeto feito para o produto e das especificações do fabricante quanto as dimensões, espessuras, formatos, etc.

4. Na empresa acima, o que se pode dizer a respeito dos modelos de PPCP?
R: Pode-se dizer que para a produção de peças comuns, aquelas que podem ser estocadas, a empresa poderá aplicar o modelo de programação MTS porque trata-se de produtos baseados em previsão e demanda. Porém, se o mercado não for estável, deverá ser usado o modelo MTO, que é a fabricação sobre encomenda, isso evitará que a mercadoria fique encalhada ou que a matéria prima seja estocada em excesso.
            Já para a produção de plásticos de engenharia, onde não é possível comprar matéria prima baseando-se em previsões, deve-se optar pelo modelo de programação ETO, pois o projeto, a produção de componentes e a montagem final são feitos a partir de decisões do cliente. Isto é, só depois de receber as especificações do cliente é que o fabricante compra a matéria prima, desenvolve os moldes, fabrica e entrega o produto, por isso, o prazo para a entrega do produto deve ser de no mínimo sessenta dias, tempo necessário para a fabricação dos moldes.

Conclusão

            É muito importante para a empresa fazer o PPCP – Planejamento, Programação e Controle de Produção – pois assim, evita-se que a produção seja desordenada e cause prejuisos por estoques de matéria prima, ou mesmo por produtos encalhados. Assim, fabricar os produtos com base nas encomendas ou em previsões e demandas (no caso de produtos comuns e mercado estável) é possível controlar o fluxo de mercadoria de forma que nem falte nem sobre, o que em ambos os casos não seria bom para a empresa, pois mercadoria em estoque significa dinheiro parado, não produz lucro, e falta de mercadoria significa cliente insatisfeito e perda de oportunidade.
            Dessa forma, o PPCP é a garantia de sucesso na administração da produção.

Bibliografias

ANGELO, Cláudio Felisoni de; SIQUEIRA, João Paulo Lara de. Da produção à
distribuição enxuta. Caderno de pesquisas em administração, São Paulo, v. 1, n. 12, abr./ jun. 2000. Disponível em: http://www.ead.fea.usp.br/cadpesq/arquivos/c12-art06.pdf. Acesso em: 10 mai. 2010.

ASSUMPCAO, Maria Rita Pontes. Reflexão para gestão tecnológica em cadeias de suprimento. Gestão & produção, v. 10, n. 3, p. 345-361, dez. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v10n3/19167.pdf  Acesso em: 10 mai. 2010.

CAMPOS, Luís Henrique Romani de; STAMFORD, Alexandre e CAMPOS, Maria de Fátima Sales de Souza. Otimizando a capacidade de crescimento numa cadeia produtiva supermercadista. Produção, v. 12, n. 1, p. 6-17, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prod/v12n1/v12n1a01.pdf. Acesso em: 10 mai. 2010.

CERRA, Aline Lamon; MAIA, Jonas Lucio; ALVES FILHO, Alceu Gomes. Aspectos estratégicos, estruturais e relacionais de três cadeias de suprimentos automotivas. Gestão & produção, São Carlos, v. 14, n. 2, p. 253-265, maio. ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v14n2/04.pdf. Acesso em: 10 mai. 2010.

______. Desenvolvimento de produtos no contexto das cadeias de suprimentos do setor automobilístico. Revista Administração Contemporânea, v.12, n.1, p.155-176, jan./mar. 2008. ISSN 1415-6555. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rac/v12n1/a08v12n1.pdf. Acesso em: 10 mai. 2010.

FLEURY, Paulo Fernando; SILVA, César Roberto Lavalle da. Avaliação da
organização logística em empresas da cadeia de suprimento de alimentos: indústria e comércio. RAC, v. 4, n. 1, p. 47-67, jan./abr; 2000. Disponível em:
http://www.anpad.org.br/rac/vol_04/dwn/rac-v4-n1-crs.pdf. Acesso em: 10 mai.
2010.